Seguem abaixo alguns dos produtos desenvolvidos no decorrer do projeto.
Árvore de Problemas
A árvore de problemas é uma metodologia de análise da realidade, esta metodologia faz parte da estratégia ZOOP de elaboração de problemas (para mais detalhes: Cartilha de Gestão e Desenvolvimento Cultural). Esta árvore abaixo foi desenvolvida nos encontros realizados na Comunidade Cultural Quilombaque, participativamente delineou-se qual seria o problema central que incomodava as organizações culturais ali presentes. A partir do problema central foram pensadas numa ordem de causalidade quais seriam as causas e efeitos do problema central, segue o resultado deste trabalho.
Árvore de Soluções
A árvore de soluções é o passo seguinte da árvore de problemas, nela após olharmos coletivamente para os problemas da realidade, pensamos em uma situação desejável, onde aqueles problemas se transformariam em soluções ou objetivos. Estes objetivos são a base para pensarmos a ação, ou seja, planejarmos onde atuaremos. Esta metodologia é importante quando planejamos participativamente pois consegue encontrar objetivos em comum entre diferentes atores. Segue abaixo o resultado desta atividade.
Marco Lógico
Após a construção da árvore de problemas e soluções, os coletivos culturais presentes escolheram que a atuação deles estaria focada na construção de soluções por parte da periferia, focando na importância da formação da rede. Com isto em mente, delineou-se a participação no Mutirão Cultural na Quebrada - Carapicuíba, este evento visa fortalecer a rede de organizações culturais, sendo que cada realização do mutirão ocorre em um local distinto, tendo uma organização cultural como base da região que chama outras organizações parceiras para contribuir na organização e realização do evento.
Com o objetivo em comum definido e um espaço para atuar, desenvolveu-se a metodologia do marco lógico, onde se planejou que atividades seriam realizadas. Segue abaixo resultado deste processo:
Infelizmente o tempo do curso não permitiu que o Marco Lógico fosse construído completamente, mas o seu desenvolvimento, mesmo que inicial foi fundamental para pensar a atuação dos coletivos no Mutirão. Ficou definido no planejamento reunião com o Quintal Cultural (organização cultural de Carapicuíba), para tirar dúvidas e dar mais consistência ao planejamento. Assim como a atuação ficou definida em duas frentes, a promoção de uma Feira de Artes, que além de atração para o Mutirão possibilitou um contato com artesãos e artesãs, e a outra frente foi a Tenda dos Coletivos onde os participantes do Curso e do Mutirão tiveram espaço para divulgar seu trabalho e produtos (para fotos olhar Cartilha de Gestão e Desenvolvimento Cultural).
Avaliação Feira de Artes e Tenda do Coletivos no Mutirão Cultural na Quebrada - Carapicuíba
Após a realização do evento, foi articulado entre o curso e a organização base do evento a realização de uma avaliação sobre ele. Esta aconteceu, e foram levantados alguns pontos gerais do Mutirão, como a relação com o poder público, onde determinadas acordos foram feitos e pouco tempo antes do evento foram desfeitos, principalmente no que se refere a estruturas físicas e de segurança. Conforme havia sido levantado no marco lógico da Feira de Artes, o "ficar em cima" infelizmente não teve efetividade.
Porém, com base no planejamento foi possível encontrar alternativas para manter o evento, mais precárias do que as inicialmente pensadas, mas o evento cumpriu com o que havia se comprometido.
Uma outra questão problemática do evento como um todo foi a comunicação com a comunidade que foi base deste, houve pouca divulgação e ainda há barreiras no contato entre os grupos culturais e a comunidade, já que muitas vezes estes não são vistos com credibilidade dentro da comunidade. Entendeu-se na avaliação que eventos como este, apesar dos problemas ajudam nesta aproximação.
Referente à Feira de Artes, houve problemas de estrutura, mas principalmente o curto espaço de tempo de organização gerou problemas relativos ao número de artesãos representantes e a captação de recursos para estruturar a Feira. Mas apesar destas questões a Feira de Artes ocorreu e obteve grande aceitação por parte do público.
A Tenda dos Coletivos efetivou-se e foi um espaço importante de encontro dos coletivos, todos eles deixaram os materiais disponíveis nela, e no decorrer de todo o evento, a tenda foi um ponto de encontro entre os participantes da organização, atingindo portanto nosso principal objetivo que era o fortalecimento da rede.
Cabe-se ressaltar que a avaliação fornece parâmetros para a organização de próximas atividades, apesar dos problemas ocorridos, com um olhar crítico sobre o evento foi possível verificar pontos onde o planejamento e a execução das atividades devem ser distintos para alcançar de forma plena os objetivos desejados.
